O hidrogênio está se tornando um componente crucial na transição energética global. Como vetor energético limpo, ele tem o potencial de descarbonizar setores difíceis de abater, como indústria pesada, transporte de longa distância e aviação. No entanto, atualmente, mais de 95% do hidrogênio produzido globalmente vem de combustíveis fósseis, principalmente através da reforma a vapor do gás natural (hidrogênio cinza).

O Brasil possui vantagens competitivas únicas para se tornar um líder global na produção de hidrogênio verde. Com abundância de recursos renováveis, grande potencial de biomassa e biogás, e uma matriz energética já predominantemente renovável, o país está bem posicionado para desenvolver uma indústria robusta de hidrogênio verde.

O Programa Nacional do Hidrogênio estabelece metas ambiciosas para o desenvolvimento do setor no país, com foco na disseminação de plantas piloto até 2025, consolidação de hubs de hidrogênio de baixa emissão até 2030, e estabelecimento do Brasil como produtor global da commodity até 2035.

O projeto H2Bios se destaca por sua abordagem integrada, explorando três rotas tecnológicas complementares para a produção de biohidrogênio verde:

O projeto H2Bios tem metas ambiciosas de redução de custos, visando alcançar o custo projetado de H2V para 2030 de $1,50 a 2,00 por kg, e em 2035 atingir o custo de produção atual do H2 Cinza de $1,00 por kg.

A parceria com o INMETRO como ICT de Acreditação de Laboratórios e Certificação do hidrogênio garante que o biohidrogênio produzido pelo projeto H2Bios atenda aos mais rigorosos padrões de qualidade e pureza, essenciais para sua aplicação em diversos setores industriais e energéticos.

Esta certificação é fundamental para a inserção do produto no mercado internacional, onde requisitos técnicos e ambientais são cada vez mais exigentes.

O plano de negócios do projeto H2Bios prevê:

• Comercialização da tecnologia para empresas do setor de biogás e hidrogênio
• Aplicação em escala industrial para empresas do setor de bioenergia e biocombustíveis
• Instalação de um HUB de Biometano no interior do Rio Grande do Sul, com upgrade para hidrogênio
• Comercialização da molécula para aplicação em SAF, produção de metanol ou fertilizantes
• Expansão dos HUBs para outras regiões e indústrias